Olá pessoas! Tudo bem?! Como alguns de vocês sabem, eu estudo na FAU-UFRJ e de vez em quando eu gosto de compartilhar com vocês os projetos que eu desenvolvo na faculdade. Hoje, depois de um mês de férias eu estou começando a me recuperar de tudo o que eu passei no último período. O que foi muita, muita coisa.
Considerando as greves, os recessos, os prazos curtos e o stress que me consome todos os semestres, neste contamos com um incêndio que fez com que ficássemos sem aula 40 dias (isso no meio do período). Como já era de se esperar, perdemos completamente o ritmo do projeto nesse tempo parado e tivemos um tempo ainda mais curto para retomar o projeto e de fato montar o quebra-cabeças que é o processo do projeto.
Dados do projeto:
Grupo: Marina Araújo, Gabrielly Lima, Letícia Félix e Gabriela S’antana
Período: 8º período – FAU – UFRJ
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O CONCEITO
Nesse período eu trabalhei em equipe: eu e mais três pessoas. Juntas nós conseguimos desenvolver um projeto que parecia não existir com um mês antes da entrega final! Acho que todos vocês que fazem ou já fizeram arquitetura sabem como isso é desesperador. Tentar produzir algo e simplesmente parecer que a cada três passos que você dá, retrocede cinco. O projeto parece nunca andar para frente. Mas acreditem, isso faz parte do processo.
Pois bem, como de costume fomos até o bairro para conhecer melhor o que este tinha a oferecer, quais eram as questões que poderíamos abordar, o que tinha, o que faltava, quais eram os potenciais e quais eram os problemas que de fato poderíamos constatar no bairro. Eu confesso que após a visita eu e o meu grupo começamos a ver várias questões. Mas ainda não tínhamos nos aprofundado o suficiente para defender um ponto de vista. Fomos e voltamos várias vezes e após um certo tempo (vamos colocar aí uns 3 meses em um período de 4 meses) conseguimos finalmente chegar ao ponto que queríamos abordar, tendo um discurso mais aprofundado sobre a questão. Vimos que o nosso tema explorava a questão da requalificação de uma área que hoje funciona como um terminal de ônibus no bairro do Méier. Isto nos levava a explorar a questão do transporte e da densidade, abordando aspectos do comércio, habitação e serviços básicos que faltavam no bairro.
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O DESENVOLVIMENTO
Maquetes…haa..fizemos mais de 10. Começamos de uma maneira tão errada que hoje olhando para trás dá até vontade de rir. Ouvimos bastante dos professores. E não era um, eram quatro que estavam ali detonando nossas ideias! Mas essa era a única forma de avançarmos! Lembro que tivemos um workshop que eu cheguei às 9h e saí às 17h. Passamos o dia inteiro fazendo algo para chegar no fim do dia e descobrir que tínhamos feito tudo errado! Aprendemos a lição, trabalhamos no segundo dia e no terceiro dia conseguimos fechar a nossa ideia de maneira satisfatória. Aí vai uma lição:
Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisava aprender. – Charles Dickens
Tivemos durante o período workshops onde basicamente passávamos 3 dias produzindo de manhã e de tarde. No último dia fazíamos uma banca interna para que os trabalhos fossem apresentados. Esses foram os dias que mais conseguimos avançar com o projeto.
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A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Bem, tivemos duas entregas, uma intermediária e uma final. Na nossa primeira entrega não conseguimos colocar quase nada nas pranchas a não ser as plantas e alguns cortes. Isso porque realmente não tivemos tempo para fazer as pranchas, para vocês terem uma ideia, a entrega era na terça e na segunda às 23h ainda estávamos finalizando as plantas! Mas na segunda entrega tivemos mais tempo e pudemos pensar melhor como mostrar em quatro pranchas todo o trabalho que desenvolvemos no período.
A ideia que eu tive foi de usar pranchas de concurso como exemplo. Eu peguei algumas ideias da minha pasta no pinterest e fui jogando no photoshop para ter uma ideia do tamanho das letras, quantidade de imagens e informações que eu deveria colocar nas pranchas. Isso realmente me ajudou bastante porque eu não estava acostumada a trabalhar com pranchas A0. É muito espaço! Então o melhor foi usar outras pranchas como exemplo.
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Primeira prancha
O mapa fizemos no photoshop aplicando texturas. Os mapas esquemáticos também foram feitos no photoshop e depois colocados em perspectiva. Os diagramas de estudo foram feitos no Sketch e depois trabalhamos no Photoshop. Por último, a perspectiva foi feita no Photoshop! <3
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Segunda prancha
Nesse mapa basicamente trabalhamos com brushes para dar esse efeito um pouco “esfumado”. Pensamos em colorir as plantas para mostrar os usos e no corte utilizamos o Sketchup e fizemos a pós no photoshop, aplicando as árvores e as figuras humanas.
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Terceira prancha
Nesta prancha queríamos basicamente mostrar as plantas. Tivemos que ter um pouco de cuidado na parte do paisagismo, porque fizemos no Revit já colorido e as cores ficaram bem fortes. Tivemos que dar uma clareada no photoshop para que as plantas se sobressaíssem mais do que o paisagismo. O corte também foi feito no Sketchup e trabalhado depois no Photoshop.
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Quarta prancha
Nesta prancha trabalhamos basicamente com uma perspectiva aérea onde queríamos destacar as áreas livres e o paisagismo. Para isso colocamos um pouco de transparência nas edificações no photoshop. Os croquis eu confesso que fui eu quem fiz, na verdade a ideia era fazer 8 croquis, mas o meu lado photoshop falou mais alto e eu acabei fazendo 4 croquis à mão e 4 utilizando o sketchup e o photoshop. Finalizamos com mais 3 cortes de áreas específicas feitos no photoshop.
Bem, é isso! Quero deixar aqui o meu agradecimento ao meu grupo, Gabrielly Lima, Letícia Félix e Gabriella S’antana que foram pessoas excepcionais! Sem vocês eu teria desistido na primeira semana, sério! Vocês além de terem sido parceiras e amigas, souberam me aturar durante todo o período (isso não é fácil hahaa).
Eu também coloquei esse projeto na minha pasta do Issuu, você pode clicar aqui e acessar esse e outros projetos que eu já desenvolvi na FAU. E lembrando sempre, que se você gostou desse post é só dar um seu like aqui embaixo e compartilhar nas redes sociais! Isso me ajuda muito a saber qual tipo de conteúdo vocês gostam que eu poste aqui no blog!
Abraços e até a próxima,
Marina 🙂
14 comentários
Olá, Marina! Em primeiro, parabéns pelo seu blog! Genial!
Você poderia fazer um tutorial explicando como é o processo pra fazer o mapa da prancha1 e como deixá-lo em 3D?
Mt obrigado, desde já
olá!! como você faz os mapas da primeira prancha???
Oie! Eu usei a planta cadastral e o photoshop! 😀
Depois posso fazer um post explicando como fazer esse tipo de mapa!
Abs,
Marina
Faz sim, semestre que vem farei o TFG e queria aprender a fazer uns mapas assim!! bjoss adoro o blog
Oi Marina, tudo bom?
Nos comentários da primeira prancha você menciona que “os mapas esquemáticos também foram feitos no photoshop e depois colocados em perspectiva”. Você poderia me explicar como você coloca um desenho plano em perspectiva DEPOIS de trabalhar com ele no photoshop? Muito obrigada!
Oi Raissa! Eu faço primeiro a imagem no photoshop, coloco cor, etc. Depois eu pego a imagem e coloco ela em perspectiva no photoshop mesmo indo em Edit -> Transforme Path -> Perspective. 🙂
Abs,
Marina
MUITO obrigada Marina! Consegui! 🙂
Parabéns guria, tens me ajudado bastante ultimamente. <3
Muito obrigado Marina! Muito inspirador tua paixão pela arquitetura e um grande exemplo teu desprendimento generoso dos teus nobres conhecimentos e habilidades, mais uma vez obrigado!
Oi Marina ensina como fazer esses diagramas, Pleaseee!! Bjos
Basicamente eu usei o Sketchup para os que tem 3D e imagem perspectivada no photoshop para os demais. 🙂
Marina, como você insere seus croquis de maneira que fiquem com uma boa qualidade?
Parabéns pelo trabalho!!!! amo seus vídeos
Oi Ana! Normalmente eu escaneio, no scanner eu consigo importar com 300dpi (o que é uma qualidade muito boa).
Bjss
Gostei,do conteúdo me salvou.