Hello pessoas! Tudo bem com vocês?! Hoje eu vim conversar um pouco sobre o TFG (trabalho final de graduação) da faculdade de Arquitetura. Como alguns de vocês sabem período passado eu comecei (finalmente) o meu TFG. Eu estudo Arquitetura na UFRJ e lá o TFG é dividido em duas partes: TFG1 e TFG2 onde basicamente você desenvolve a parte teórica no TFG 1  e desenvolve a parte de projeto no TFG 2. A grande verdade é que no TFG 1 os professores falam para você ir o mais longe possível, fazer o máximo que puder, não existe um “padrão ou “regra” para a entrega. Sendo assim, hoje eu vou compartilhar com vocês a minha experiência no TFG 1 e espero de verdade que as palavras escritas aqui ajudem vocês a se guiarem melhor para definir o que fazer no TFG.

Bem, para começar, permita-me contar-lhe uma pequena história: Eu entrei na FAU em 2012 com o sonho de ser Arquiteta. Esse ano eu me formo e nunca estive tão em paz comigo mesma. Durante todo o meu percurso da faculdade eu lidei com o fato de ter que fazer mil coisas junto com a faculdade, quem cursa arquitetura sabe que isso é quase impossível. Mas sendo a pessoa versátil que eu sou, eu resolvi no segundo período praticar um esporte não muito conhecido e continuei praticando, participando de competições e lidando com estudo e treino durante os últimos 6 anos. Me envolvi no Tiro com Arco e pensei até mesmo em desistir de Arquitetura para ser atleta simplesmente porque eu era boa naquilo. Eu era muito boa. Mas a faculdade era um grande empecilho para que eu desse o meu melhor como atleta. Assim como às vezes o Arco era um empecilho para que eu desse o meu melhor em arquitetura. Com o tempo eu fui assimilando que existem coisas na vida que por mais que possamos dar o nosso melhor, elas simplesmente não fazem parte do nosso destino. E está tudo bem aceitarmos isso. Cheguei em um ponto que vi que teria que lidar com essas duas paixões (arquitetura e esporte) de maneira bastante madura. E foi exatamente o que eu fiz. Hoje eu escrevo esse post para vocês com a plena convicção que eu fiz tudo o que eu pude e cheguei a lugares onde nunca imaginei por acreditar em mim mesma, tendo a certeza que tudo o que eu fiz foi necessário e útil para me colocar no lugar que eu estou hoje.

Pois bem, esse lugar, esse ponto específico é o que eu quero conversar com você hoje.

Até o início do período passado eu não fazia ideia do que fazer no meu TFG. Imaginei mil coisas mas nenhuma delas chamava a minha atenção. As aulas começaram e eu continuei sem nenhum norte. Não me entendam mal, eu sempre fui uma excelente aluna em projeto pelo simples fato de gostar de projetar. Mas nesse momento eu me encontrava totalmente perdida. Não tinha ninguém para me dizer o que fazer. Eu estava com um poder de decisão em minhas mãos e não sabia o que fazer com ele. Olhei para os projetos que eu havia feito e vi um tema em comum entre eles, o de habitação. Não pensei duas vezes, mergulhei na minha zona de conforto e me propus a fazer uma moradia estudantil.

Fui pesquisar projetos sobre o tema e descobri que INÚMERAS pessoas faziam isso todos os semestres. Bacana, eu era mais uma.

Não que seja um problema fazer o que todo mundo já tinha feito, afinal de contas era um projeto. O problema é que era um projeto completamente avulso já que para mim não tinha nada de especial, apenas o fato de que eu tinha experiência em fazer projetos de moradia.

Na FAU temos duas bancas durante o período, uma intermediária e uma final. Comecei a estudar o tema para a minha banca intermediária, expus para os professores, para a classe e continuei com o papel de produzir “mais um projeto”.

Até que me encontrei pensando no por que eu realmente estava me dispondo a fazer algo que eu não queria durante 1 ano. Comecei a pensar no que eu realmente gostava, o que eu amava e me dava prazer. O arco foi um dos primeiros pensamentos.

Meia hora depois estava eu falando com o meu orientador, avisando que eu mudaria de tema e que iria fazer algo relacionado ao Tiro com Arco. Eu nem sabia o que seria ainda, mas eu tinha certeza que se fosse algo em relação ao Tiro com Arco, com certeza eu amaria.

Dito e feito, uma semana depois estava eu explicando na banca o que era o Tiro com Arco e por que eu queria trabalhar com esse tema. Vejam bem, o objetivo desse post não é apenas mostrar o projeto, mas sim revelar para vocês o meu percurso para chegar até ele. Essa caminhada foi iniciada 6 anos atrás e hoje eu posso dizer com toda certeza que esse projeto é completamente a minha essência. Eu nunca tive a oportunidade e a liberdade que eu estou tendo agora, de fazer um projeto que revela quem eu sou.

Por isso hoje eu compartilho com vocês o resultado dessa paixão resumida em uma apresentação e projeto. Lembrando que essa é a fase inicial desse projeto, daqui a seis meses vocês verão o resultado final. Mas como eu sempre digo, vou detalhar esse projeto com a minha alma, se eu puder detalhar o parafuso da maçaneta, podem ter certeza que assim o farei!

Para tentar explicar melhor, na FAU nós temos duas entregas: a entrega da parte teórica (onde explicamos com mais calma o projeto em vez de tentar condensar tudo nos 8 minutos de apresentação) e os slides que usamos na apresentação. Vou começar anexando a parte teórica e a apresentação e depois falarei um pouco sobre o projeto:

Sintam-se à vontade para ler com calma a parte teórica. Você também pode acessar esse link para visualizar no issuu.

Abaixo compartilho com vocês a apresentação (esse é o link do issuu):

Falando o pouco sobre o projeto, eu escolhi o terreno em um local onde hoje já existe o Tiro com Arco – A CBTARCO em Maricá (Centro de Treinamento de Tiro com Arco em Maricá). O terreno foi cedido pela prefeitura e hoje atua como capacitador de atletas de alto rendimento. Fora isso, está prevista em 2018 uma parceria ainda mais forte entre o ministério de esportes e a prefeitura de Maricá tendo com objetivo um maior investimento em Tiro com Arco na região, já que hoje nesse espaço treinam atletas e futuros atletas de alto rendimento. A proposta do projeto é a reestruturação desse espaço atendendo as demandas espaciais, ambientais e sociais. O programa está no documento descritivo juntamente com o fluxograma do projeto. Semestre que vem quando ele estiver finalizado irei explicar mais detalhadamente o projeto. Mas isso é um tema para um outro post. 🙂

Bem, eu espero que essa minha experiência sirva de inspiração para todos vocês e que os guie a escolher algo que realmente amem. Espero que levem isso não só para o TFG, mas para a vida. Nós vivemos apenas uma vez e vivemos para trabalhar. Viver uma vida sem fazer o que se ama não é viver, é apenas existir para satisfazer os outros e não a si mesmo. E isso para mim não é vida.

Espero que tenham um novo ano cheio de realizações, que não se abalem pelas pressões da faculdade, espero que façam o que amam e que jamais permitam que um outro ser humano os aprisione em algo que não lhes satisfaz. Espero que sejam autênticos em suas criações, seguros em suas decisões e que busquem acima de tudo a própria felicidade. Porque quando estamos felizes e em paz com nós mesmos somos capaz de transmitir isso para as outras pessoas e indiretamente as ajudamos, conforme estou fazendo ao escrever esse post.

Eu espero caminhar esse fim da minha jornada de FAU junto com vocês e tenho certeza que novas e incríveis aventuras me aguardam após a faculdade.

Estaremos juntos por todo o caminho.

Abraços e até a próxima,

Marina