Home Design de Interiores Vamos falar sobre Projeto de Interiores!

Vamos falar sobre Projeto de Interiores!

por Marina Araújo

A grande maioria dos alunos de Arquitetura quando começam o curso possuem uma curiosidade sobre a questão do projeto voltado para interiores. Na FAU-UFRJ só temos um período na faculdade para tratar sobre o assunto, o que é uma pena já que muitos de nós ingressamos no mercado de trabalho e acabamos trabalhando com interiores no início da carreira.

Eu confesso que eu nunca tive muita empolgação em trabalhar na área de interiores. Na verdade eu sempre gostei muito de assistir aqueles programas de design de interiores, irmãos à obra, ao estilo de Candice, mas algumas coisas foram esclarecidas depois que eu cursei um período de projeto de interiores. A primeira questão que eu não sabia que teria que lidar bastante é com os pequenos detalhes. No projeto executivo você tem que detalhar tudo, isso inclui os móveis, iluminação, materiais etc. E tudo tem que se ajustar ao orçamento! Então muitas vezes você pode querer usar aquele móvel maravilhoso que você viu em determinada loja mas simplesmente não pode pela questão do orçamento. O que acontece também é que muitas vezes você vai ter que fazer um móvel (ou vários) sob medida na marcenaria. E cabe a você desenhar esse móvel e fazer o detalhamento dele.

Aqui embaixo eu vou explicar para vocês um pouco como foi a minha experiência de trabalhar com projeto de interiores na faculdade:

1. Começamos primeiro visitando o local na qual trabalharíamos. O local foi no morro da Babilônia, aqui no Rio. Lá existe um projeto na qual a minha professora havia trabalhado de casas populares, o que foi bem interessante porque além da questão do projeto de interior pudemos também trabalhar a questão da habitação de interesse popular!

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Habitação no morro da Babilônia

2. Depois de visitarmos, começamos trabalhando com 3 perfis de usuários: O primeiro um jovem solteiro, o segundo um(a) portador(a) de necessidades especiais e o terceiro uma família composta pelo pai, a mãe e dois filhos. A ideia nessa etapa foi desenvolver uma planta para cada perfil de usuário, tendo em vista as necessidades de cada um:
Moradia familiar:

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Prancha da moradia familiar

Você pode ver o tutorial passo-a-passo de como fazer essa prancha CLICANDO AQUI

Você pode ver o tutorial passo-a-passo de como fazer a planta humanizada  CLICANDO AQUI

Moradia solteiro:

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Prancha da moradia de solteiro

Moradia PNE:

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Prancha da moradia PNE

3. Após fazermos o levantamento dos três perfis, agora deveríamos escolher trabalhar com um deles. O que eu e a minha dupla (Kelly Guerim) fizemos foi escolher o do portador de necessidades especiais (PNE) pela questão do desafio que seria fazer uma moradia para esse perfil de usuário. Depois de escolhermos, começamos a fazer um levantamento de como seria esse usuário, porque na vida real as pessoas possuem seus costumes, gostos, cotidiano, etc. Definimos que o nosso cliente gostava de praticar esportes, gostava de ler, possua uma coleção de livros, morava sozinho mas tinha namorada e que gostava de espaços abertos e amplos.

4. Tendo em vista o perfil do nosso cliente, trabalhamos melhor a questão do layout e começamos a fazer um levantamento de tudo o que precisaríamos fazer para que o nosso cliente tivesse o conforto que todo lar deve oferecer. Os móveis da cozinha possuam uma altura confortável para o cadeirante, colocamos um rodapé alto por toda a casa (o que ajuda cadeirantes, já que é comum se bater o sapato nas paredes, nesse caso o rodapé funciona como protetor), a cama fizemos “vazada” para que o morador pudesse passar com o pé por baixo da cama, trabalhamos também com painéis, portas de correr além de barras de segurança por toda a casa. O que fizemos agora foi trabalhar na questão do projeto executivo. Como foi um período bem corrido por conta da greve, trabalhamos apenas com um cômodo, no nosso caso, a cozinha:

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Crédito da imagem: marinaaraujo.arq.br

 Essa foi a primeira prancha, onde colocamos a planta de demolir/construir e a planta baixa.

PNE---prancha-2

Crédito da imagem: marinaaraujo.arq.br

Prancha dois, com as plantas de piso, iluminação e instalação.

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Crédito da imagem: marinaaraujo.arq.br

Na prancha 3 começamos a trabalhar com os cortes, mostrando 3 vistas: A, B e C.

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Crédito da imagem: marinaaraujo.arq.br

Na prancha 4 começamos a mostrar o detalhamento do móveis.

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Crédito da imagem: marinaaraujo.arq.br

Finalizamos com mais um detalhamento, dessa vez da bancada e da mesa da cozinha.

Eu tenho o costume de comprar alguns livros relacionados à matéria de projeto que eu curso no período. Para o período passado, quando eu cursei projeto de interiores, esses livros me ajudaram bastante:

 

São eles:

  • Wallpaper – Joachim Fischer
  • Living in small spaces – Cristian Campos
  • Tiny apartments for singles – Ed. Monsa
  • Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais – Ed. GG Brasil – Jenny Gibbs

Você também pode dar uma olhada no review que eu fiz desses livros CLICANDO AQUI.

Bem gente, isso foi um pouco da experiência que eu tive fazendo projeto de interiores. No fim da contas eu acabei gostante bastante, apesar de ainda gostar mais do projeto de arquitetura em si. Mas foi uma experiência super válida e se eu tivesse que fazer novamente um projeto de interiores, eu faria!

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Um grande abraço e até a próxima!

Marina 🙂

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7 comentários

alessandra 28 de dezembro de 2016 - 02:10

AMEIIIIIIII!!

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Anderson de Faria 19 de fevereiro de 2017 - 21:20

Como você fez essa planta de fluxo que está na prancha? Preciso aprender a fazer uma semelhante.

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Marina Araújo 22 de fevereiro de 2017 - 12:53

Oi Anderson! A planta de fluxos foi feita no Corel. Lá é bem fácil de fazer, é só usar a ferramenta pincel.
Abs!
Marina

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Millena 26 de abril de 2018 - 02:11

Me ajudou muito!!!! Adorei <3

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Isadora Ricardo 27 de janeiro de 2019 - 17:14

Gostei muito do post!! ❤️

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sheyla 29 de agosto de 2021 - 22:09

essa planta de corte você fez em qual programa?

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Marina Araújo 12 de outubro de 2021 - 10:17

As pranchas eu fiz no Photoshop e as plantas técnicas no Revit. 🙂

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